terça-feira, 18 de setembro de 2018

Escolhas erradas em efeito dominó


Escolhas erradas em efeito dominó.
Uma vez ouvi essa frase e nunca mais me esqueci:  “a experiência é uma excelente professora, mas cobra um preço exorbitante”.
É mais fácil aprender com os erros dos outros. E é de graça.
Acredito que Muitos dos episódios que não entendemos na Bíblia, estão lá para nos mostrar como NÃO agir. Para que agente possa perceber os erros dos outros e buscar de Deus a força e a sabedoria para não cometê-los.
Em Juízes capítulo 9, é impressionante perceber uma seqüência de episódios nos quais pessoas loucas, em más companhias, fazem escolhas esdrúxulas... essa combinação é explosiva e horrível.
Trata-se um dos capítulos mais obscuros da história do povo de Deus. Muitas desgraças e desastres e muitas mortes poderiam ter sido evitados caso Abimeleque e o povo de Siquém tivessem escolhido melhor suas companhias.
Abimeleque era um cara que “se achava”. Filho de Gideão com uma concubina, uma espécie de amante que morava em Siquém (cidade de refúgio, nas regiões de Efraim).
O texto fala que Gideão teve muitas mulheres, mas não coloca a mãe de Abimeleque entre elas, fazendo referência à sua “concubina, que estava em Siquém.” Provavelmente essa mulher teve uma péssima influência sobre seu filho, dizendo que ele era grande, já que seu pai era um grande homem em Israel.
O nome de Abimeleque significa: “meu pai é rei”. Imagino esse menino crescendo como um “almofadinha metido a besta”.
E a sessão de desastres começa no capítulo 9.
1)A primeira escolha esdrúxula foi a da turma de Siquém. Eles pensaram que só porque eram parentes tudo estava resolvido. Abimeleque seria o rei perfeito. Esses homens de Siquém elegeram para si um líder totalmente fora dos padrões de Deus. Um homem violento, manipulador e vaidoso. Por causa dessa escolha foram amaldiçoados e foram muitas e terríveis as perdas que tiveram.
Eleger um líder não é uma tarefa simples. Exige inteligência e perspicácia. O líder do cristão é Cristo e a Palavra que Ele deixou. Nada que sai fora dos parâmetros estabelecidos por Ele é aceitável. Nada!
Quantas pessoas se submetem a demônios em rituais e cultos, apenas porque está na moda... é só de brincadeira... a festa é muito bonita... não tem nada a ver...
Quantas pessoas se submetem a Buda, a Maomé, a Alan Cardec, ao anjo Monroe, e a tantos outros líderes pelo mundo a fora? As escolhas deles será a destruição deles.
Não há outra liderança espiritual que importa que tenhamos, assim como não há outro nome pelo qual importa que sejamos salvos, senão pelo nome de Jesus.
2) A segunda escolha errada foi de Abimeleque. Ele escolheu mal as suas companhias. A Bíblia diz que ele andava com homens “atrevidos e levianos” (Juízes 9:4). Que péssima escolha. Na companhia desses homens Abimeleque cometeu crimes horríveis, tornou-se assassino, violento e cruel e acabou conquistando a antipatia daqueles que, antes, o amavam.
Assim como Abimeleque também podemos escolher mal nossas amizades. Aquelas pessoas que irão nos imitar e que serão imitadas por nós?
Já notou como um grupo de amigos íntimos, normalmente, tem um grupo de atitudes similares? De comportamentos em comum? Eles se imitam. É assim que deve ser. Por isso devemos pedir a Deus sabedoria para saber escolher bem as pessoas que vão compartilhar da nossa intimidade.
Um cristão que se envolve com um meio cheio de más conversações, tem grande chance de ver corrompidos os seus bons costumes.
3) Por último, gostaria de comentar a escolha errada, mais uma vez do povo de Siquém.
Gaal, um estrangeiro, traz sua família e seus deuses para morar em Siquém. E o povo agradou-se da companhia daquele homem e o seguiram e cultuaram os deuses dele – Juízes 9: 26.
Gaal foi chegando de mansinho e ganhando a admiração do povo. Tinha vinhas, lagares e um deus novo. Logo logo ele ficou muito popular, a ponto de menosprezar a influencia do próprio rei. O povo de Deus escolheu mal aquele a quem iriam admirar. Eles adoraram o deus de Gaal, ouviram seus conselhos, imitaram sua forma de pensar e atraíram sobre si, mais uma vez, a morte e a desolação.
Precisamos imitar boas atitudes. Sermos imitadores Cristo, como era o apóstolo Paulo.
Quantas pessoas imitam o jeito de vestir de um artista famoso, a roupa da menina da novela, a gíria do cantor famoso, o cabelo do jogador de futebol...
Essas coisas não são ruins em si mesmas, mas precisamos ter cuidado para não fazer de pessoas levianas e idólatras nossos próprios ícones e ídolos.
Conclusão: Que o Senhor nos ajude a sermos sábios para escolher as nossas amizades. Tendo bom ânimo e amor para com todos, mas optando pela companhia próxima daqueles que nos ajudam a crescer. O Senhor nos ajude a não sermos “levianos e atrevidos”, para que não sejamos nós pedras de tropeço para os outros. Deus nos dê graça para cuidar e amar as pessoas de tal forma que sejamos nós excelentes companhias. Que Cristo seja o líder eleito pelo nosso coração.

Coisa de Jael!!


Jabim e Sísera eram uma dupla perversa e temida. A Bíblia diz que tinham 900 carros de ferro e eram temidos pelo povo, que não teve coragem de enfrentá-los, mantendo-se, eles, assim, na terra de Canaã, ao norte, acima do mar da Galiléia, próximo à parte que coube a Naftali. Sabemos que eram perversos, porque a Bíblia fala que eles oprimiam duramente o povo de Deus.
Mas Débora profetizou a vitória do povo de Deus. Baraque hesitou, mas guerreou. A vitória foi espetacular. O desfecho da história, digno de um bom filme de ação.
Mas, hoje, quando li novamente essa história, fiquei um pouco abalada.
O que me causa certo espanto é como Jael matou a Sísera. É uma história contada com detalhes na Bíblia e tem importantes lições para nós. Mas não posso deixar de sentir um certo arrepio quando penso na forma como tudo aconteceu.
Imagino a força daquela mulher. Sua garra. Como ela fez isso?
Não entendo muito bem porque Jael matou aquele comandante, uma vez que o marido dela era aliado dele.
Mas o que consigo enxergar bem é uma mulher que aproveitou uma boa oportunidade, que, literalmente, bateu à sua porta, e passou a fazer parte de uma história de vitória em Israel e foi cantada e abençoada entre as mulheres de Israel.
Ela vivia em tendas, não tinha uma vida fácil. Era forte, decidida, inteligente e capaz. Uma mulher que ficou do lado do povo de Deus e teve sua história contada por gerações como uma das heroínas de Israel.
Que mulher!
Ela poderia ter temido o comandante. Ou poderia ter deixado que as coisas acontecessem sem a sua interferência, a guerra não era dela. Seu marido vivia em paz com Hazor e era dos filhos dos queneus, dentre o povo de Jetro.
Seu povo habitava em Israel, mas sua família estava distante de Israel naquele tempo.
Ela poderia ter deixado tudo como estava. Poderia ter fugido de medo. Poderia ter chamado alguém que ela considerasse mais capaz de decidir o que fazer. Poderia ter entrado em contenda com o homem. Poria ter aproveitado para tirar alguma vantagem financeira da situação. Poderia ter se lamentado. Murmurado. Se desesperado. Jael poderia ter gritado, denunciado o homem às autoridades, mandado chamar Baraque enquanto o homem dormia.
Muitas dessas atitudes acima teriam sido minhas escolhas, provavelmente.

Mas... matar um homem, comandante de um poderoso exército, com uma estaca da tenda e um martelo, cravando a estaca bem na cara do infeliz... isso é coisa de Jael.

OBS: Pesquisando os tempos e costumes bíblicos encontramos uma coisa bem interessante.
Afirmam alguns estudioso que um homem não poderia entrar na tenda de uma mulher, naquele tempo, se não fosse o pai ou o marido dela. A conseqüência da desobediência era a morte. Jael, na verdade, se abrigou na própria lei e no costume da época, levando parte da glória de Baraque na vitória daquela guerra.