quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A honra dos Coatitas


Números capítulo 4 e Números 7: 1 a 9

A tribo de Levi tinha sido entregue a Arão e a Moisés (descendentes de Levi) para o serviço do tabernáculo. Todo primogênito dos filhos de Israel, que pertenciam ao senhor desde a primeira páscoa, no Egito, foram resgatados pela dedicação de todo homem levita ao serviço do Senhor. Isso aconteceu em Nm 3: 40 a 51.

A tribo de Levi era formada por três principais famílias: os coatitas, os gersonitas e os Meraritas.
Cada uma dessas famílias recebeu um ofício específico em relação ao tabernáculo, especialmente em caso de necessidade de se desmontar o templo para levantar acampamento. É aí que entra a grande honra dos coatitas.

Os filhos de Gérson e os filhos de Merari, ambos sob a direção de Itamar, filho de Arão, levariam as cortinas do templo, suas estruturas pesadas, a porta, os demais utensílios e etc...
Mas os filhos de Coate, sob a direção de Eleazar, filho de Arão, levariam a mesa da proposição, o candelabro, o altar do incenso e, principalmente a arca do testemunho.

Quando nos deparamos com essa divisão do trabalho, percebemos claramente a honra, o privilégio e a responsabilidade  concedida aos filhos de Coate. Eles carregariam os utensílios feitos de ouro, aqueles que ficam no santuário. Esses utensílios estariam cobertos com um pano, de forma que ninguém os veria, mas todos sabiam o que estavam carregando e era a parte mais sagrada e mais preciosa do santuário de Deus.

No entanto, quando chegamos ao capítulo 7, nos deparamos com 6 carros e 12 cavalos doados pelos príncipes dos filhos de Israel. Sabe quem ganhou carros? Os filhos de Gérson (2 carros e 4 cavalos) e os filhos de Merari (4 carros e 8 cavalos).

Mas os filhos de Coate deveriam carregar nos ombros os utensílios mais preciosos do santuário.
Em alguns momentos, acho que a caminhada pelo deserto com algo tão pesado nos ombros deve ter sido muito penosa. Sem contar a responsabilidade e o cuidado que demandava a tarefa.

Alguns de nós, se estivéssemos na situação dos coatitas, iríamos murmurar e clamar por carros e cavalos para ajudar na tarefa de carregar a parte mais sagrada da aliança de Deus com seu povo.

Hoje, nosso peso não é físico. Os coatitas carregavam a arca da aliança. Nós carregamos a nossa cruz.
Achamos pesado demais certas ordenanças. Honrar pai e mãe parece coisa do passado. Perdoar parece pesado demais, nos sentimos injustiçados. Fugir da aparecia do mal parece um peso desnecessário. Casar virgem parece um grande peso, a esposa ser submissa ao marido e o marido ser o líder de seu lar parecem pesos insuportáveis. Amarmos a Deus ainda que em tempo de profunda dor da alma é quase impossível.

O sentido da Palavra que nos direciona a carregamos a nossa própria cruz, nos mostra que essa vida passageira não é sempre delicada e colorida, às vezes meus joelhos tremem com o peso da cruz, às vezes eu caio e não consigo me levantar, às vezes solto a cruz e caminho longos passos, mas sempre volto, coloco minha cruz nos ombros e continuo caminhando, rumo a Glória.

Que o Senhor Jesus nos ajude a carregar a nossa cruz, vivendo a alegria dos dias bons e o consolo dos dias ruins. Sem murmurar, sem desistir, pois um breve tempo com a cruz nos direciona a uma eternidade com uma coroa.
Esse é o evangelho que eu conheço e amo. Sim! Eu amo a mensagem da cruz.