sexta-feira, 18 de maio de 2012

Gideão, Deus é contigo.


O texto de Juízes 6: 1 a 16 nos descreve uma cena cinematográfica.

Em um tempo de muitas guerras, povos nômades do leste e sudeste (amalequitas e midianitas) subiam contra Israel periodicamente para os destruir, para destruir a dignidade de Israel como povo.

Estrategicamente, estes inimigos do povo de Deus aguardavam o momento oportuno. Depois que a terra fosse semeada, era a hora de destruir tudo o que havia sido plantado. Todo o trabalho de tantas famílias...

A Bíblia nos fala que eram como gafanhotos. Que cena grotesca!

Imaginem os gritos de tantas mulheres, o choro de tantas crianças, o desespero de tantos homens que não poderiam sustentar suas famílias. Imaginem o medo.

O sentimento de fracasso e frustração tomara conta dos corações: “Não adianta mais plantar”, diziam os filhos de Israel. “Vamos nos esconder nas montanhas. Vamos abandonar nossas casas, nossa vida, nossa paz e vamos nos esconder em cavernas e buracos, pois é isso que somos: bichos escondidos, medrosos”.

Então um Anjo apareceu em Israel.

ALELUIA o Senhor enviou socorro!!!!

O povo havia escolhido outros deuses e abandonado o Senhor. Não havia uma liderança sequer capaz de conduzir o povo para um bom caminho. O lagar virou lugar de malhar o trigo. Tudo estava errado. Gideão estava escondido. Revoltado e inquieto. O Anjo trouxe boas notícias:

- O Senhor é contigo homem valente!

Gideão já foi logo retrucando:

- Está nada não! Cadê Ele, então?

Quando Gideão percebeu do que é que o Anjo estava falando, ficou ainda mais assustado e fez uma pergunta que é a pergunta que eu quero trazer para reflexão hoje:

“Como vou conseguir? Se eu sou tão pequeno?”

Mas a resposta do Anjo foi espetacular:

- Já que EU SOU contigo...

Muitos desafios aparecem na nossa vida a cada dia. Eles não avisam, nem mandam recado, eles despencam nas nossas cabeças.

A doença.

A falta das coisas.

A ofensa.

Os ataques do inimigo.

O desgaste.

A nossa natureza pecaminosa gritando por comida.

O deserto.

A humilhação.

Como enfrentar estas coisas?

“Já que EU SOU contigo...”

Fortaleça-se, oh minha alma! Avante! Firme! Pois posso dizer, gritar...

EMANUEL!

O SENHOR É COMIGO!

domingo, 6 de maio de 2012

A escolha de Rute

 O tempo dos juízes foi muito difícil para todo mundo. Muita gente deve ter morrido devido à falta de recursos, quando Deus disciplinava o seu povo infiel. A degradação moral e espiritual do povo de Deus era intensa e corroia os valores, a fé, a família. Tudo isso refletiu no êxodo de uma família para Moabe.

Olhando para a história de Rute, fico aterrorizada com o sofrimento de Noemi. Ela realmente estava amargurada. Que tristeza perder tudo! Todo aquele sofrimento da falta de comida e de recursos amargou-lhe a alma a ponto de dar a seus dois filhos os nomes de “doentio” (Malom) e de “fracasso” (Quiliom). A viagem até Moabe não deve ter sido fácil também. O tempo de adaptação... Dois filhos com tantas perguntas que não se pode responder. Quanta falta de esperança!

A morte rondara Noemi e a encontrou. Levou primeiro seu marido. Deixou a solidão. Mesmo com dois filhos, nada se compara à presença do marido que te acompanhou em toda a sua jornada. Havia um frio e um vazio horrível na vida de Noemi. Mas era só o princípio.

A dor de perder um filho já deve ser desesperadora. Quanto mais a dor de perder dois filhos. De ficar completamente sozinha. Tudo que Noemi conhecia como família havia sumido.

Imagino o choro dela. Desesperado. Sofrido. Verdadeiro.

Suas noras estavam com ela. Não a abandonaram. Noemi as chamava de “minhas filhas”. Mas esse carinho era motivo de ainda mais dor, pois eram, agora, três mulheres sozinhas num momento da história em que isso não significava simplesmente NADA para a sociedade.

Foi para esta Noemi que Rute olhou e viu nela desolação. Com tudo isso, Rute optou pelo Deus de Noemi. Ela não foi atrás de vitórias e honras, mas atrás de um Deus que continua sendo Deus absoluto e verdadeiro, mesmo em tempos de desolação.

A história de Rute nos ensina muitas coisas, entre elas, a amar a Deus e a optar por segui-lo mesmo em tempos de deserto, de sofrimento, de dor, de decepção e frustração. Deus é Deus para além de todas as coisas que conhecemos. Desde a eternidade Ele é Deus. Nosso amor pelo Senhor não pode depender das coisas que eles nos dá. Nosso amor pelo Senhor não pode depender das circunstâncias.

No entanto... (e a Palavra de Deus traz muitos “no entantos”)

Deus foi benevolente com Rute e a abençoou com marido, filho e honra. O grande EU SOU olhou com doçura para Mara. O TODO PODEROSO providenciou um meio de uma gentia de Moabe (excluída da congregação de Israel) ser ancestral do MESSIAS. Noemi teve um netinho. JEOVÁ é RESGATADOR. Benevolência, misericórdia e compaixão estão presentes no olhar mais doce que existe.

A história de Rute demonstra que o Senhor, o Deus de todo o universo, o Criador de todas as coisas, o grande e poderoso EU SOU cuida de pessoas pequenas, pessoazinhas frágeis e debilitadas pela vida. Gente que aos olhos dos outros é nada. Gente completamente sem esperança.

Restaurador, resgatador, restituidor.

O resgate virá Rute. Ele já veio!