domingo, 6 de maio de 2012

A escolha de Rute

 O tempo dos juízes foi muito difícil para todo mundo. Muita gente deve ter morrido devido à falta de recursos, quando Deus disciplinava o seu povo infiel. A degradação moral e espiritual do povo de Deus era intensa e corroia os valores, a fé, a família. Tudo isso refletiu no êxodo de uma família para Moabe.

Olhando para a história de Rute, fico aterrorizada com o sofrimento de Noemi. Ela realmente estava amargurada. Que tristeza perder tudo! Todo aquele sofrimento da falta de comida e de recursos amargou-lhe a alma a ponto de dar a seus dois filhos os nomes de “doentio” (Malom) e de “fracasso” (Quiliom). A viagem até Moabe não deve ter sido fácil também. O tempo de adaptação... Dois filhos com tantas perguntas que não se pode responder. Quanta falta de esperança!

A morte rondara Noemi e a encontrou. Levou primeiro seu marido. Deixou a solidão. Mesmo com dois filhos, nada se compara à presença do marido que te acompanhou em toda a sua jornada. Havia um frio e um vazio horrível na vida de Noemi. Mas era só o princípio.

A dor de perder um filho já deve ser desesperadora. Quanto mais a dor de perder dois filhos. De ficar completamente sozinha. Tudo que Noemi conhecia como família havia sumido.

Imagino o choro dela. Desesperado. Sofrido. Verdadeiro.

Suas noras estavam com ela. Não a abandonaram. Noemi as chamava de “minhas filhas”. Mas esse carinho era motivo de ainda mais dor, pois eram, agora, três mulheres sozinhas num momento da história em que isso não significava simplesmente NADA para a sociedade.

Foi para esta Noemi que Rute olhou e viu nela desolação. Com tudo isso, Rute optou pelo Deus de Noemi. Ela não foi atrás de vitórias e honras, mas atrás de um Deus que continua sendo Deus absoluto e verdadeiro, mesmo em tempos de desolação.

A história de Rute nos ensina muitas coisas, entre elas, a amar a Deus e a optar por segui-lo mesmo em tempos de deserto, de sofrimento, de dor, de decepção e frustração. Deus é Deus para além de todas as coisas que conhecemos. Desde a eternidade Ele é Deus. Nosso amor pelo Senhor não pode depender das coisas que eles nos dá. Nosso amor pelo Senhor não pode depender das circunstâncias.

No entanto... (e a Palavra de Deus traz muitos “no entantos”)

Deus foi benevolente com Rute e a abençoou com marido, filho e honra. O grande EU SOU olhou com doçura para Mara. O TODO PODEROSO providenciou um meio de uma gentia de Moabe (excluída da congregação de Israel) ser ancestral do MESSIAS. Noemi teve um netinho. JEOVÁ é RESGATADOR. Benevolência, misericórdia e compaixão estão presentes no olhar mais doce que existe.

A história de Rute demonstra que o Senhor, o Deus de todo o universo, o Criador de todas as coisas, o grande e poderoso EU SOU cuida de pessoas pequenas, pessoazinhas frágeis e debilitadas pela vida. Gente que aos olhos dos outros é nada. Gente completamente sem esperança.

Restaurador, resgatador, restituidor.

O resgate virá Rute. Ele já veio!

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