Deuteronômio é um livro
impressionante. Todo o caminho de Israel, desde o Egito até a morte de Moisés
(já de posse da terra a oriente do rio Jordão), é narrado de forma dinâmica a
uma segunda geração, que não viveu os fatos do Êxodo.
O livro é escrito, segundo os estudiosos, com
o formato de uma espécie de tratado (ou contrato), estabelecendo um acordo/
aliança entre Deus e seu povo, os resultados do cumprimento do acordo e as
cláusulas que instituem as conseqüências da desobediência.
Embora o nome do livro (dado em
razão da “septuaginta”) signifique “segunda lei”, o livro é, na verdade, a
repetição da história do Êxodo de Israel e da Lei revelada a Moisés, para a
geração que nasceu no deserto ou que para lá foi levada por seus pais ainda no
colo.
Trata-se de um cuidado de Moisés
para com o povo. Israel havia se multiplicado muito (Dt 1:10) e estava prestes
a tomar a terra dos cananeus. Mas o povo não poderia e não deveria se esquecer
de Deus que os havia levado até lá.
É de se pensar que o mais lógico
seria que o livro narrasse um treinamento de guerra. Ora, o povo estava prestes
a iniciar uma temporada de batalhas infindáveis até conseguir se estabelecer na
terra, era necessário treinar guerreiros... formar um exército forte aos olhos
humanos...
Ou talvez, fosse também lógico que tivéssemos uma narração de como Moisés treinava o povo com técnicas agrícolas de ponta para que soubessem como gerir seus negócios na nova terra. Senão poderiam até falir. Moisés deveria dar um curso: “Como gerir seus negócios em Canaã”.
A preparação do povo poderia ser
de várias formas. Mas o treinamento mais importante que devemos ter foi o que
Moisés deu ao povo na entrada da terra. A PALAVRA.
Moisés relembrou, re-ensinou, falou de novo, repetiu... para que a Lei e os ensinamentos do Senhor não fossem esquecidos enquanto o povo guerreava, se estabelecia, se acalmava, possuía a terra e nela produzia.
Antes de qualquer coisa
precisamos conhecer, entender e absorver a PALAVRA.
Outro momento da história que nos
traz este entendimento encontra-se narrado em Mateus capítulo 4, quando Jesus
foi tentado. Quando nosso Mestre estava com fome, possivelmente enfraquecido,
no deserto, com uma companhia nada agradável fazendo-lhe sugestões malignas,
Ele invocou sabiamente a PALAVRA. Jesus disse: “Está escrito”. Através da
PALAVRA, Jesus refutou os argumentos do maligno e venceu as tentações.
A Bíblia é a Palavra de Deus. É a
fonte do conhecimento do Deus Vivo e Verdadeiro, do Deus Onipotente e Invisível.
É ela que nos traz a revelação da salvação por meio de CRISTO, Deus encarnado.
A PALAVRA precisa ser o alimento da nossa alma. Voltemo-nos a ela.
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