A Pedra Mó é o Espírito Santo.
Lendo a Palavra agente sempre se depara com textos
específicos que nos chamam a atenção. Na minha leitura do Pentateuco, passei
por Deuteronômio 24:6, que trata de uma lei, uma regra de Direito para os
Israelitas, que tinham seu sistema jurídico diretamente vinculado às Leis
religiosas.
Achei interessante essa regrinha em específico, acerca do
penhor.
Primeiramente vamos esclarecer as coisas.
Em português, os termos “penhor” e “penhora”, por causa da proximidade
fonética, carregam certa confusão, mas trata-se de institutos jurídicos
completamente diferentes.
Penhor é um ato pelo qual o indivíduo destina certo patrimônio como
garantia do pagamento de determinada dívida. Por exemplo, o cheque que se dá ao
Hospital como garantia para o atendimento é uma espécie de penhor. Caso os
gastos médicos não sejam pagos de outra forma, o cheque será descontado.
Penhora, por sua vez, é um ato judicial de execução, emitido por um
juiz e cumprido por um oficial de justiça.
O texto bíblico trata do penhor. Seria uma forma de garantia. Não se
deve dar em garantia as pedras mós .Empenhá-las.
O que são essas pedras?
O sistema de produção naquela região palestina era bem
simples. A colheita do trigo passava por uma espécie de moinho, através do qual
era extraída a farinha. Essa estrutura era formada por duas pedras, uma
embaixo, côncava (com a cavidade para cima) e outra em cima. A pedra de cima
deslizava sobre a outra, e assim ia “amassando” o trigo e o transformado em
farinha.
Era essa estrutura que os filisteus colocaram Sansão para
movimentar, enquanto seu cabelo crescia novamente.
Por mais que a colheita tivesse sido abundante, sem esse
instrumento simples, mas essencial, não haveria alimento nas mesas, pois era da
farinha que os israelitas faziam seus pães e bolos que formavam a base de sua
alimentação.
Transpondo esses conceitos para as coisas espirituais, não
podemos deixar de pensar que o Espírito Santo de Deus é a Pedra Mó que
precisamos. Pois, sem ele, não há como nos alimentarmos, embora haja abundância
de alimento para colher.
São muitas as traduções e são muitos os formatos das Bíblias
que temos disponível hoje. São muitas as igrejas e são muitos os ministros do
evangelho. São muitos os programas de televisão que trazem “uma palavra” e são
muitas as formas de acessar conteúdos bíblicos e estudos da Bíblia pela
internet (inclusive este blog J).
A palavra de Deus vem estampada em diversos meios de comunicação, outdoors,
revistas, jornais e a Palavra de Deus é o alimento (deuteronômio 8:3). Mas... ainda assim é possível morrer de fome.
Fome espiritual.
Acontece, que é o Espírito Santo que nos faz absorver a
Palavra que nos alimenta. Sem a ajuda Dele, seremos bons estudiosos da Bíblia e
pessoas cheias de bons hábitos, como o de ler um pedacinho da Palavra todos os
dias - nossos celeiros estarão cheios de alimento. Mas, ainda sim, estaremos
famintos.
É o Espírito que dá vida à Palavra. É Ele que faz com que a
leitura da Bíblia seja tão viva, a ponto de nos depararmos com textos que já
cansamos de ler e ele ganhar vida e nossos olhos se encherem de lágrimas e
nossos comportamentos serem transformados.
O Espírito Santo é a Mó.
Não podemos empenhá-lo. Porque não podemos prescindir dEle.
Não podemos viver sem ele.
Quando alguém empenha uma jóia, por mais que ela seja
preciosa, é possível viver sem ela. Sem o Espírito não é possível viver, Ele
não é apenas uma jóia preciosa, ou um adorno caro, Ele é a própria vida.
Concluo da leitura dessa pequena porção da Palavra, que eu
preciso do Espírito Santo para me alimentar, pois, por mais que eu estude e
conheça, por mais que eu tenha acesso quase que ilimitado a reflexões sobre a
Palavra, é o privilégio de ter o Espírito Vivo do Próprio Deus em mim que faz
com a Palavra vivifique dentro de mim e através
de mim.
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